segunda-feira, 18 de julho de 2016

Análise do discurso

É uma área da sociolinguística que analisa textos a partir de um contexto social, ideológico e filosófico.
Vejam os exemplos abaixo:
Imagem 1: Pé de meia

Fonte: Secretaria de Educação do estado do Paraná.

A imagem 1 expressa ideologia política.
Na charge o autor ilustra a imagem dois políticos e faz uma crítica às pessoas que entram nesta carreira apenas por dinheiro. É possível observar que o diálogo acontece entres dois parlamentares, pela forma que se vestem. Também é possível verificar que tanto no discurso irônico do parlamentar como a meia que ele porta traz indícios de corrupção ou ganhos ilícitos com o dinheiro público.

Imagem 2: Feminismo radical

Fonte: Site História Ilstrada.
 Disponível em: http://www.historiailustrada.com.br/2014/12/movimento-negro-historia-extremismo.html. Acesso em: 10/06/2016.

A imagem 2 expressa ideologia feminista.
Na imagem o autor faz uma crítica ao feminismo radical e ao sentimento "anti-masculino".  Analisado a charge a primeira mulher segura o símbolo que representa o gênero feminino como um cortador ou machado, indicando a quebra das prisões contra o machismo; a segunda utiliza o mesmo instrumento para degolar um homem, o qual incita a violência contra o gênero oposto. 

sábado, 9 de julho de 2016

Crônica: As redes sociais e a “socialização”?

Por Gledsnelly Nascimento

Pode até soar clichê, mas no mundo moderno, atual e tecnológico somos convidados a compartilhar, a curtir, a socializar. Sorriso, fotos, opiniões, amizades! Muitas amizades...
 a grande maioria virtual. E as reais?
Um dia desses eu estava no supermercado escolhendo algumas frutas, quando me deparei com uma ex-colega de trabalho, quando a vi e reconheci quis cumprimenta-la, mas esperei o melhor momento, foi quando ela olhou pra mim e me encarou. Pensei alegre: “ela vem falar comigo...” Não veio e nem falou. E olha que na época de trabalho realizamos atividade juntas, trocamos ideias... pensei: “como pode?! Esqueceu?!”
Quando cheguei em casa imediatamente a exclui do meu rol de amigos, neste dia não só ela, mais a outras dezenas de “amigos” dei adeus.
Um colega de trabalho me comentou que no dia do seu aniversário, recebeu muitas felicitações, pessoais e virtuais, mas ele me fez uma observação: “tenho mais de mil amigos no Facebook, mas eu contei pouco mais de cem que me deram os parabéns. Como pode isso?!”
E eu cá com meus botões pensei: é a tal da virtualidade!  Onde você é medido pela quantidade de fotos legais que você posta: pelos pratos de comida bonitos que comemos, lugares que viajamos, eventos que frequentamos, festas “legais”, relacionamentos, conquistas...  E as fotos que queremos postar naqueles dias que a gente “se acha”, malhando na academia ou com aquela roupa de arrasar por exemplo, e coloca uma frase de efeito, que não tem nada a ver com o contexto, como: “Deus é fiel!”
Ah! Sem falar na quantidade de amigos que a gente tem virtualmente. Mil, dois mil, três mil!? Mas na vida real, nas horas de aperto, só meia dúzia se manifestam de verdade,
 e olhe lá!
E o jargão da moda: “juntos somos fortes! ” Como assim juntos?!
Sociedade ou socialização?! Ela é real ou virtual? Qualquer dia deste vamos ter que mudar o refrão da música de Roberto e Erasmo:
 “Eu quero ter um milhão de amigos pra lá no Face poder mostrar”
#compartilhaaivai




quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Narração, descrição e dissertação.

Na tipologia textual encontramos três gêneros básicos: a narração, descrição e dissertação. Falo básico porque quando escrevemos um texto fatalmente ele não será genuinamente um único estilo, na maioria das vezes haverá a mistura de alguns destes tipos.
A narração é um tipo de texto que objetiva contar uma história, fictícia ou real, tomando como base fatos e a sua evolução, que envolvem tempo e espaço, mesmo que não haja uma linearidade destes dois elementos. O texto narrativo envolve sempre um narrador, que pode ser o narrador personagem, cujo tempo verbal é escrito na 1ª pessoa, ou narrador observador, neste caso o tempo verbal é descrito na 3ª pessoa. A narrativa possui os seguintes elementos básicos: ação – o que se vai narrar (O quê?); tempo – quando a ação ocorreu (Quando?), espaço – onde a ação ocorreu (Onde?), Personagens – quem participou da história narrada (Com quem?) e narrador – aquele que narra os fatos ocorridos (Quem conta?).
No texto descritivo temos a presença da pormenorização de fatos, ou seja, a descrição de situações com uma grande riqueza de detalhes, pessoas, lugares, objetos, situações..., através de substantivos e adjetivos A descrição também se caracteriza, quase sempre, pela dependência de outros estilos textuais. Na narração de uma história, por exemplo, há textos que apresentam característica de personagens ou locais com muitos detalhes.

Para a dissertação temos uma característica central que é a defesa de uma ideia ou ponto de vista. Neste caso que escreve, não necessariamente quer convencer o leitor a incorporar seu ponto de vista, mas apenas demonstrar o quão embasado sobre aquele assunto está. A dissertação deve conter três etapas: introdução, desenvolvimento, conclusão. Funciona como um relatório acadêmico, só eu de forma resumida. Para desenvolver bem uma redação inicialmente é importante deixar que as ideias fluam “sem compromisso”, em seguida organizá-las em uma sequência lógica, depois organiza-las melhor mais uma vez e por último organizar em parágrafos.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Você conhece a Sociolinguística?

A Sociolinguística ou sociologia da linguagem, como o próprio nome já diz, objetiva o estudo da linguagem em um meio social, ou seja, são pesquisas com determinados povos, tribos urbanas, nações, cidades, estados e bairros, sobre suas particularidades da língua falada. Essas pesquisas são realizadas por especialista na área da linguística, os quais fazem comparativos de variações entre a linguagem popular e a linguagem escrita padrão, por exemplo, bem como as contribuições para mudanças e aprimoramento no ensino da língua portuguesa. A sociolinguística não busca apontar erros, mas criar soluções para aproximar o mundo científico do empirismo e quebrar barreiras semânticas.
Ela também objetiva quebrar o velho paradigma, do ensino tradicional na língua materna, em que só está apto para tal quem lê e escreve corretamente ou quem domina de forma excelente a gramática, sem que se comenta erros de concordância ou de ortografia. Mas busca construir um novo conceito de que a linguagem popular, com todos os seus “erros”, é a linguagem de um momento social, que reflete parte desta história e que torna o estudo do português muito mais prazeroso para todos.




Referências:

Variedades linguísticas

A Variedade linguística é algo presente e constante no nosso cotidiano. Novas formas de escrever e falar acontecem e “aparecem” dia após dia, seja de maneira familiar, regional, nacional ou até internacional.
O novo acordo ortográfico é um exemplo de variação linguística internacional, uma adaptação na comunicação entre os países da língua portuguesa. No âmbito nacional pode se observar uma sensível mudança nos grandes telejornais, como uma forma de aproximação de seu público, expressões como: “o tempo ruim...”, “o vendedor tava muito preocupado com a alta dos juros”, são maneiras de contrações dos tempos verbais “está” e “estava”. Entre as regiões é mais perceptível ainda essas variações, tanto nas expressões como no nome para coisas ou produtos: o clássico “oxe” do Nordeste ou “báh” do Sul; ou ainda a macaxeira e o jerimum, em Pernambuco, que são chamados de aipim e abóbora no Rio de janeiro, por exemplo. Nas famílias é cada vez mais comum as formas de tratamento de filhos para os pais migrarem do “Senhor ou senhora” para o “você”, demonstrando uma forma maior de aproximação e quebrando o paradigma que esta maneira ou aquela de falar exibe menos ou mais respeito.

Na verdade, as variações da língua retratam uma mudança social, e até individual, contínua. Os seres vivos passam por processo evolutivos de adaptação constantes, com a espécie humana não seria diferente, com a forma de comunicação também.




Coesão e coerência

A COERÊNCIA é concatenação de fatos, a sequencia lógica de acontecimentos, partindo de um conhecimento prévio por parte do receptor sobre determinado assunto. Por exemplo: " Nevou muito hoje na cidade do Recife" ou "Para me encontrar preciso me perder...". Ambas são incoerentes, pois sabemos que no Recife não neva e a segunda como a gente se encontra perdido? A não sei que tenha um sentido poético.
A COESÃO é ligação harmônica de termos por meio de conectivos como preposições, advérbios, locuções adverbiais ou pronomes, por exemplo. Imaginemos um tear (máquina de fazer tecidos) para formar ao tecido é necessária a junção desses fios um a um e bem unidos para dar forma a trama.
Ex sem coesão.: Comi tapioca no café da manhã.   A tapioca era de queijo. A tapioca estava gostosa.
Com coesão: No café da manhã comi tapioca, ela era de queijo e estava gostosa.
coesão recorrencial tem por objetivo a repetição de termos num texto com a intenção de intensifica-lo. Ex.: A vida, ah a vida! Está sim é bela!
A Coesão sequencial tem como característica a ligação dos termos por meio de uma sequência de fatos, que pode ser temporais, continuação de sequências temporais, partículas temporais e correlação dos tempos verbais.
Ex.: Ela morreu a morte morrida.
Saí cedo, dirigi meu carro e fui trabalhar.
O Futuro se faz hoje.